Nós Por Nós Favela Festival

Pesquisas mostram que o Funk é hoje considerado uma das maiores manifestações culturais de massa do Brasil e está diretamente relacionado aos
estilos de vida e experiências da juventude oriunda de favelas, portanto ele
reflete a vida cotidiana em morros e comunidades de todo o país.
Estudos mostras que o Funk surge em 1950, nos Estados Unidos, quando
viveram ‘’anos dourados’’.

Foi uma década de várias revoluções,
principalmente tecnológicas e de comunicação, assim como, lutas por direitos
civis lideradas por figuras como Martin Luther King e Malcolm X.

O som, com
muito swing e groove, foi representado por grandes músicos como James
Brown, considerado pai do funk americano, e Miles Davis, um dos maiores
trompetistas da história da música, e inspirou diversos artistas em suas
composições e formação de identidade. Jimi Hendrix, Talking Heads e os Red
Hot Chili Pepper.

Já no Brasil o funk chegou em território nacional no final dos anos 70 e, logo de cara, ganhou os bailes da Zona Sul do Rio de Janeiro e
assim, foi ganhando às periferias de todo o país, e é preciso ressaltar que, seu
surgimento enaltece às lutas da classe favelada em prol de um país mais justo
e igualitário, a exemplo, a música de Cidinho e Doca – Eu só quero é ser feliz.
Professor Juarez Tarcísio Dayrell (UFMG/BH) nos fala que, com a virada do
milênio, o funk deixou de ser um ritmo musical periférico, retratando do dia a
dia das comunidades, e pôs-se a invadir as caixas de som de diversos espaços
das classes média e alta do país.

Por isso, NÓS POR NÓS FAVELA FESTIVAL
é um festival de música, qual valoriza a retomada das letras de funk que
valorizam o cotidiano das pessoas periféricas, assim como, a evolução social,
pois este festival compreende a música como um grande potente nas lutas contra as desigualdades sociais.


O Nós por Nós Favela Festival é uma celebração da potência cultural, politica e ancestral, realizado no Aglomerado da Serra. Criado e realizado pelo coletivo Nós por Nós Favela.
O festival surge como resposta e resistência, reunindo arte, música, formação
como ato revolucionário, realizado por pessoas faveladas para pessoas
faveladas.


O festival inclui: Shows, batalhas de rima, apresentações e performances da
quebrada.
Oficinas, rodas de conversa e vivências que fortalecem o território.
Economia criativa, com feira de empreendedores locais e arte favelada.
Espaço de afeto, denúncia e construção de novas narrativas a partir da favela.
Este é um evento feito por nós, para nós, que afirma a favela como centro de
criação, pensamento e transformação.